quinta-feira, 5 de outubro de 2006

Na vitrola toca


Outkast - Idlewild (2006) - Patton e Benjamin continuam afiados. Esta trilha sonora do filme homônimo é uma coleção de soul+blues+jazz modernizados misturados a batidas sincopadas e rap. Um piano suingado percorre todo o disco e paira no ar um certo ar de saudosismo. Não é a obra-prima Speakerboxxx, o disco anterior, mas aí já seria pedir demais.




The Cure - Boys Don't Cry (1979) - este segundo disco do Cure é na verdade uma mistura de músicas do primeiro (Three Imaginary Boys), lançado um ano antes, com alguns singles. Foi lançado há pouco por aqui depois de quase 30 (?!) anos, o que me levou a voltar a ouvi-lo depois de muito tempo. A simplicidade e talento em estado bruto assombram. Temos aqui alguns clássicos oitentistas e também pérolas injustamente esquecidas, criando um clima de Beach Boys morando numa praia chuvosa das ilhas britânicas (é a imagem que me vem à cabeça). O cerne do que viria ser o Cure nos anos seguintes já aparece. Uma banda que alterou altos (muitos) e baixos (pouquíssimos) momentos, mas que ainda tem lenha pra queimar (vide o disco bacana de 2004).



TV on The Radio - Return to Cookie Mountain (2006) - o pessoal do Brooklyn tem um som de causar impacto. Ambiciosos, bebem nas mais variadas fontes (pós-punk, black, eletrônico) e misturam tudo sem pestanejar. O resultado é um apanhado de algumas músicas sensacionais e alucinantes com outras que resvalam no cabecismo modorrento. Na média, é muito bom.





Yeah Yeah Yeahs - Fever to Tell (2003) - quando o YYY lançou o segundo disco em 2006, mais melodioso, o comentário é de que era muito melhor que a barulheira deste primeiro. Concordo em parte, mas este é um disco para ser assimilado aos poucos, até perceber que o barulho de Zinner e Chase é pura música e que Karen O não grita, como dizem seus detratores, apenas canta alto e geme sem desafinar como ninguém. Compartilhe no Facebook

2 comentários:

Anônimo disse...

Ivan , sabe que há muito esses caras do Outkast me chamam atenção por parecer realmente diferente de tudo que há na mídia de parecido, e vem me intrigando todas as resenhas e crítcas desse disco...
vou conferir!

Ivan disse...

Garanto que não vais se arrepender. Aproveite e ouça o interminável (no bom sentido) Sepeakerboxxx/Love Below.