There Will Be Blood (2007), de Paul Thomas Anderson
PT Anderson é muito ousado. O que ele nos mostra em Sangue Negro é assombroso. A história do prospector de petróleo Daniel Plainview, no início do século XX, é contada a partir da ótica do próprio. E esta ótica é a mais atormentada possível.
As paisagens áridas são decoradas pela música estridente do não menos talentoso Jonny Greenwood, guitarrista do Radiohead. O som claustrofóbico e inquieto, intercaladado por silêncios assustadores são a personificação da alma de Plainview, numa demoníaca interpretação de Daniel Day-Lewis.
Neste quadro, Anderson constrói num épico o seu estigma religioso entre o bem (quem?) e o mal (todos?).
Diz-se que Anderson assistiu O Tesouro de Sierra Madre (1948), de John Huston, inúmeras vezes antes de iniciar as filmagens. Faz sentido.
Temos aqui o que pode se chamar de filme denso e é bom avisar: a digestão não vai ser fácil.
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Diz-se que Anderson assistiu O Tesouro de Sierra Madre (1948), de John Huston, inúmeras vezes antes de iniciar as filmagens. Faz sentido.
Temos aqui o que pode se chamar de filme denso e é bom avisar: a digestão não vai ser fácil.
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